Bolsonaro quis saber se era possível contestar eleições, afirma ex-AGU

Bruno Bianco foi ouvido no Supremo como testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres.

Bolsonaro quis saber se era possível contestar eleições, afirma ex-AGU
Mauro Pimentel / AFP

   O ex-advogado-geral da União Bruno Bianco confirmou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 29, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o procurou para saber da possibilidade de reverter o resultado da eleição presidencial de 2022.

   Segundo Bianco, Bolsonaro - ao lado de comandantes das Forças Armadas e do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira - perguntou se haveria algum problema jurídico na disputa e se ele vislumbrava possíveis questionamentos.

   Bianco disse ter respondido a Bolsonaro com uma negativa. "Eu disse que não. Disse que tinha uma comissão funcionando, que (a eleição) foi transparente.”

   O ex-ministro da AGU declarou que não poderia informar com precisão, mas afirmou que achava que todos os comandantes das três Forças Armadas estiveram presentes nesse encontro.

   Bianco foi ouvido no Supremo como testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, que, junto com Bolsonaro, é réu em ação penal sob acusação de golpe de Estado.

   Os dois foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob a acusação de integrarem o “núcleo crucial” da trama golpista.

   O procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou Bianco sobre essa reunião, que teria ocorrido logo depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pelo Palácio do Planalto.

   Poucas horas após o resultado, caminhoneiros fecharam rodovias pelo Brasil em protesto. As manifestações ganharam volume e levaram aos acampamentos bolsonaristas montados na frente de quartéis.

   Foi do QG do Exército em Brasília que, no dia 8 de janeiro de 2023, radicais partiram para a Praça dos Três Poderes, onde invadiram e depredaram dependências do Congresso, do Planalto e do Supremo. No 8 de Janeiro, Torres era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Fonte(s): Correio do Povo
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