Dirigindo-se à multidão na Praça São Pedro, o papa Leão XIV prestou uma homenagem ao falecido papa Francisco, incentivando os fiéis a lembrarem o legado do pontífice antecessor.
“Guardemos em nossos ouvidos a voz débil do papa Francisco que abençoa Roma. O papa que abençoou Roma deu sua bênção ao mundo inteiro naquela manhã de Páscoa”, disse Leão XIV, se referindo ao dia do falecimento de Francisco, em 21 de abril.
“Permitam-me dar continuidade a essa bênção. Deus nos ama. Deus ama a todos. O mal não prevalecerá”, completou em italiano, dirigindo-se à multidão reunida no Vaticano.
Membro da Ordem de Santo Agostinho, ele se assemelha a Francisco em seu compromisso com os pobres e os migrantes e em encontrar as pessoas onde elas estão. Ele disse ao site oficial de notícias do Vaticano no ano passado que “o bispo não deve ser um pequeno príncipe sentado em seu reino”.
O papa Leão XIV também descreveu sua visão da Igreja Católica para os fiéis, dizendo que a enxerga como aquela que “constrói pontes” e dialoga. “Temos que buscar juntos ser uma Igreja missionária. Uma Igreja que constrói pontes e dialoga”, disse o novo papa em seu discurso na sacada da Basílica de São Pedro.
Agora, Leão XIV enfrentará inúmeros desafios internos, como a pedofilia na Igreja, a crise das vocações e o papel das mulheres, e externos, como conflitos, a ascensão de governos populistas e a crise climática.
Ele passou grande parte de sua vida fora dos Estados Unidos. Ordenado em 1982, aos 27 anos, é doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma. No Peru, foi missionário, pároco, professor e bispo. Como líder dos agostinianos, visitou ordens religiosas em todo o mundo e fala espanhol e italiano.
Robert Prevost tem 69 anos e é natural de Chicago, Illinois. Ele viveu como missionário no Peru de 2014 a 2023, onde passou a maior parte do tempo na cidade de Trujillo e posteriormente foi nomeado bispo de Chiclayo. O novo papa tem cidadania peruana desde 2015.
Antes de se tornar o líder máximo da Igreja, Prevost disse em entrevista ao Vatican News que ainda se considera um missionário. “Minha vocação, como a de todo cristão, é ser missionário, proclamar o Evangelho onde quer que se esteja.”
Depois da experiência missionária na América do Sul, Prevost liderou um escritório do Vaticano para nomeações episcopais.
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