O Rio Grande do Sul teve participação de destaque na conquista de um marco histórico para as exportações de carne suína nacional, que totalizaram 137,1 mil toneladas em junho, segundo maior volume mensal já registrado na história do setor, e chegaram a 722 mil toneladas no primeiro semestre. Nos seis meses iniciais deste ano, os gaúchos enviaram ao mercado externo 158,9 mil toneladas, atrás apenas de Santa Catarina, que liderou o ranking. Os dados foram divulgados na terça-feira, dia 8, pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e consideram os produtos in natura e processados.
Sobre o bom momento da suinocultura nacional, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, detalhou os resultados da performance em números.
“Junho fechou com um desempenho muito satisfatório nas exportações de carne suína brasileira, crescimento 28% superior ao mesmo mês do ano passado (107,1 mil toneladas). Mas a boa notícia é que batemos o recorde histórico de receita cambial com crescimento de 45,2% na receita auferida nas exportações que totalizaram 341,6 milhões de dólares. E, não é diferente do desempenho de janeiro a junho. O semestre foi muito positivo com a venda (722 mil toneladas) e crescimento de 17,6% e uma receita cambial de 1,723 bilhão de dólares, saldo 32,6% maior em relação ao total obtido no mesmo período do ano passado”, destacou.
De acordo com Santin, o desempenho positivo foi alavancado pelas compras das Filipinas (33,8 mil toneladas, volume 141,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado), que confirmou ser o maior importador de carne suína do Brasil, mas também por outros países: China (15,4 mil toneladas e recuo de 6,2%), Japão (12,8 mil toneladas e alta de +27,7%), Chile (11,3 mil toneladas e alta de +55,3%) e Singapura (9,1 mil toneladas e alta de +0,1). Segundo o presidente da ABPA, historicamente, o desempenho das exportações do setor costumam resultar em números mais positivos ainda e, por conta disso, a entidade está reforçando suas projeções para os próximos seis meses do ano.
Influenza Aviária
Já nas exportações de carne de frango, o Rio Grande do Sul registrou leve recuo de -1,62%, totalizando 348,5 mil toneladas no primeiro semestre, considerando produtos in natura e processados. A retração não causou surpresa em virtude das suspensões totais e parciais realizadas por vários países, a partir de maio, por causa do foco de Influenza Aviária em uma granja comercial na cidade gaúcha de Montenegro.
O Estado é o terceiro maior exportador de carne de frango, atrás de Paraná (1,039 milhão de toneladas, com queda de -3,49% em relação ao ano anterior), e Santa Catarina (573,3 mil toneladas e alta de +1,72%).
“Apesar de termos enfrentado e já superado o primeiro caso de influenza aviária em aves comerciais, único, isolado e controlado na propriedade, mostramos ao mundo a robustez do nosso sistema de defesa”, afirmou Santin. Conforme o dirigente, dos 151 mercados regulares que adquirem a proteína nacional mais de 125 mantiveram-se abertos para o Brasil ou com pequenas suspensões.
De acordo com a ABPA, as exportações brasileiras de carne de frango encerraram o primeiro semestre deste ano com alta de 0,5%. Ao todo, foram exportadas 2,6 milhões de toneladas, contra 2,588 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.
O saldo das exportações no primeiro semestre chegou a 4,871 bilhões de dólares, número 5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 4,636 bilhões de dólares. Já o ranking dos principais destinos nos primeiros seis meses do ano foram os Emirados Árabes Unidos (231,1 mil toneladas e retração de -3,7%), seguido pela China (228,6 mil toneladas e retração de -17,2%), e Arábia Saudita (201,9 mil toneladas e recuo de (-2%).
Em relação ao desempenho em junho, as exportações de carne de frango chegaram a 343,4 mil toneladas. O saldo é 21,2% menor em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, com 435,9 mil toneladas.
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