O inverno de 2025 se inicia sob condições de neutralidade no Oceano Pacífico Equatorial e que devem persistir durante grande parte da estação, mas no fim do inverno pode ser observado um resfriamento das águas superficiais, embora um evento de La Niña seja improvável na estação.
Conforme a última atualização mensal do Centro de Previsão Climática (CPC) da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) em parceria com a Universidade de Columbia, dos Estados Unidos, é de 73% a probabilidade de o trimestre de inverno (junho a agosto) ser com neutralidade.
A anomalia de temperatura da superfície do mar no momento é de 0,0ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, que é usada oficialmente para definir se há El Niño ou La Niña, portanto neutralidade absoluta.
O inverno é o período mais chuvoso do ano no Rio Grande do Sul juntamente com a primavera enquanto no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil se dá o oposto com o período mais seco e de menores índices de precipitação da climatologia anual.
O Sul do Brasil, ao contrário, deve ter chuva acima da média na estação nos três estados da região com os maiores desvios positivos esperados no Rio Grande do Sul, onde parte do estado terá uma estação com chuva muito acima da climatologia histórica.
É importante destacar que, se considerado o inverno climatológico entre 1º de junho e 31 de agosto, que é o período usado na climatologia para cálculo de médias de estação (sazonais), apenas o que choveu nestes primeiros 19 dias de junho até agora já supera a média histórica do inverno inteiro em várias cidades do Centro para o Oeste do Rio Grande do Sul com acumulados de 400 mm a 500 mm.
Junho e julho, historicamente, são os meses de temperatura mais baixa do inverno no Centro-Sul do Brasil enquanto agosto e setembro tendem a ter temperatura mais alta.
A tendência é de um inverno mais frio que o do ano passado no Rio Grande do Sul, mas não de frio persistente. Haverá períodos de temperatura mais agradável e até calor em agosto e setembro, como ocorre na esmagadora maioria dos anos.
Com o que já se registrou de temperatura neste mês e se espera para a última semana do mês, é muito possível que este junho seja o mês mais frio do ano no Rio Grande do Sul, com julho e agosto apresentando médias mais altas. Isso não significa ausência de frio e sim que o frio deve ser menos persistente que o visto agora em junho.
Nesse sentido, a tendência é de um inverno com temperatura perto da média no Rio Grande do Sul com possibilidade se ser mais frio que o normal em parte do estado, como em pontos do Oeste e do Sul gaúcho.
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