O Rio Grande do Sul produz 2,88 milhões de toneladas de frutícolas e 1,69 milhão de toneladas de olerícolas, apontam os levantamentos Frutícola e Olerícola 2025, com uma estimativa de R$ 13,4 bilhões e R$ 6,65 bilhões comercializados, respectivamente. Os dados, levantados e divulgados a cada dois anos pela Emater/RS-Ascar, foram apresentados na manhã desta quinta-feira, 4, pelo gerente técnico da Instituição, Luis Bohn, na Arena da Extensão, no Espaço da Emater/RS-Ascar na 48ª Expointer. O evento contou com a presença do diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, e do presidente da Ceasa, Carlos Siegler.
A fruta em destaque é a uva de indústria, com maiores área cultivada (42,40 mil hectares), produção (839,58 mil toneladas) e valor estimado de comercialização (R$ 1,4 bilhão), seguida pela laranja, banana, bergamota, noz-pecã e pêssego de mesa. E a olerícola em destaque é a batata, com uma produção de 608,32 mil toneladas, em 18,15 mil hectares, e um valor estimado de produção de R$ 1,8 bilhão, seguida pela couve-brócolis, alface, tomate, aipim, cebola, alho e batata-doce.
Baseados em informações da Ceasa/RS, Conab e Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), os levantamentos apontam uma geração estimada de R$ 95,55 mil por hectare na fruticultura e de R$ 86,57 mil por hectare na olericultura.
Tanto a fruticultura como a olericultura cumprem um papel estratégico para o abastecimento, segurança e soberania alimentar. “E o valor agregado por hectare mostra que ambos os setores são intensivos em ocupação de mão de obra e geração de renda. A partir das informações obtidas é possível propor políticas públicas específicas para as principais cadeias de frutas e olerícolas do RS”, ressalta o diretor Técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera.
No evento, foram destacados ainda os avanços recentes na informatização dos sistemas de entrada de produtos e no cadastro de produtores. Uma modernização que permitirá gerar dados em tempo real sobre produção, safra e comportamento do mercado, facilitando a definição de estratégias conjuntas entre Emater/RS-Arcar e Ceasa para ampliar a competitividade da horticultura gaúcha.
“Mesmo com todas as dificuldades climáticas que enfrentamos nos últimos dois anos, conseguimos avançar em modernizações importantes. O uso de dados e tecnologia vai nos ajudar a planejar e incentivar esse setor, que ainda tem muito espaço para crescer no Rio Grande do Sul”, afirmou Siegler.
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