“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias”, diz Lula depois de operação no RJ

Lula também ressaltou a necessidade de uma integração mais efetiva entre as forças policiais.

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias”, diz Lula depois de operação no RJ
Ricardo Stuckert/PR

   O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, na noite desta quarta-feira (29), uma mensagem em suas redes sociais sobre a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, considerada a mais violenta da história do Estado, com mais de 120 mortos.

   A ação, deflagrada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, teve como objetivo atingir a facção criminosa Comando Vermelho (CV). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio, participaram da operação cerca de 1.500 agentes das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, com apoio de blindados e helicópteros. A ofensiva resultou em intensos confrontos e deixou moradores ilhados, sem acesso a transporte, escolas e serviços básicos.

   Na publicação, Lula afirmou que o país não pode aceitar que o crime organizado continue “destruindo famílias” e defendeu uma resposta coordenada das autoridades.

  “Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, escreveu o presidente.

   Lula também ressaltou a necessidade de uma integração mais efetiva entre as forças policiais e entre os governos estaduais e federal no combate à violência.

  “Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”, completou.

   A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança foi enviada pelo governo ao Congresso, mas está com a tramitação parada desde abril, sem consenso entre os parlamentares. O texto prevê a criação de um sistema nacional de segurança pública que unifique protocolos e facilite o compartilhamento de informações entre as corporações.

   A operação no Rio provocou reações diversas. Enquanto o governo estadual afirmou que a ação foi necessária para desarticular núcleos do tráfico de drogas e recuperar áreas dominadas por criminosos, entidades de direitos humanos denunciaram o uso excessivo da força e pediram investigação sobre as mortes. A Defensoria Pública do Rio informou que acompanha o caso e pretende cobrar transparência nas apurações.

   O episódio reacendeu o debate sobre o modelo de enfrentamento ao crime no país e a necessidade de políticas públicas que combinem repressão com ações sociais nas comunidades.

Fonte(s): Jornal O Sul
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